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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Porque o amor sempre volta pra brigar

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Depois de algumas semanas afastados, enfim resolveram se encontrar. Ela imaginava que ainda era cedo, mas quando se gosta não se pensa muito antes de agir, ainda mais quando se fica tanto tempo longe. Ele tinha certeza que era cedo, mas às vezes ele tem esses lapsos de emoção e acaba se entregando, deixando a razão de lado. Nessas situações, ele só pensa em ficar feliz, com ela.
Foram então a um casamento - que ironia, eu sei, mas foi assim que a história aconteceu! Foram a um casamento e, ao contrário do que deveria acontecer, ela não chorou emocionada, imaginando como seria o dia em que estaria ali, no lugar da noiva. Depois de tanto conflito, chega uma hora em que de tanto sentir, você já não sente mais nada. Tudo o que veio à mente dela, ao olhar aquelas fotos lindas, cheias de amor, que passavam no telão da festa foi que ela não casaria com ele. Ao olhar para aquelas fotos ela se via ali, sim, mas quem estava ao lado dela não era ele... e nem havia qualquer pessoa! Apenas um borrão indicando que não conhecia aquele que seria seu marido, mas talvez soubesse quem não seria. Não se sentia bem com isso... E nunca soube lidar muito bem com incertezas. Estava inquieta, mas não triste. Tudo o que sentia era uma sensação peculiar de estar com alguém com quem não via futuro algum.

Talvez por influência dos últimos acontecimentos, do término, das descobertas decepcionantes que fez. Chegou mesmo a se sentir completamente deslocada e a querer fugir dali. Olhava para toda aquela gente, parentes e amigos e não se sentia mais parte de tudo aquilo, como por muito tempo se sentiu. Chegou a pensar em tudo em questão de segundos e a compreender que não havia mais planos, que ele havia estragado tudo. Não soube o que fazer, se terminava ou se continuava com ele. Para ela, a simples dúvida era prova clara de ausência de amor, mas sabia que iria voltar cedo ou tarde, se ele quisesse. Não por ainda existir algum sentimento forte, mas ela já havia se acostumado à sua presença, ao seu toque, a ele. E já havia admitido pra si mesma que estava com ele mesmo por costume. Era tão mais fácil continuar fingindo!
Tentou acalmar o coração... Talvez ele tivesse mudado e até se arrependido! Mas você deve saber como é ruim descobrir que não conhecemos nem metade do que é capaz de fazer alguém com quem convivemos. Só sei que de uma coisa ela tinha certeza: o homem que amava há muito havia desaparecido, como neblina que dissipa à menor sensação de calor. 


(adaptado)

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